Palco Giratório volta ao Recife com peça de Shakespeare em praça pública

A Tempestade - Pedro Isaias Lucas

Coletivo gaúcho leva adaptação de “A Tempestade” para o Pátio do Carmo na próxima terça-feira (21/11). No Teatro Capiba, peça aborda violência contra a mulher 

Com peça de Shakespeare encenada em praça pública e solo sobre violência de gênero, o projeto itinerante Palco Giratório, promovido pelo Sesc em todo o país, volta ao Recife esta semana. Desta vez, o grupo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, do Rio Grande do Sul, faz duas intervenções na capital pernambucana nos dias 21 e 22 de novembro. A primeira, o teatro de rua “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”, acontece de forma gratuita no Pátio do Carmo, às 16h, e a segunda, a encenação “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”, é realizada no Teatro Capiba, no Sesc Casa Amarela, às 19h30, com entrada a até R$ 20.

 As sessões são gratuitas. Criada em 1978, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, surgiu com a proposta de subverter a estrutura tradicional das salas de espetáculos, explorando novas linguagens cênicas e levando o teatro para a rua. “Estamos sempre preocupados em democratizar o acesso às artes para toda a comunidade. O teatro faz a gente pensar e crescer enquanto indivíduo. Por isso, é essencial que esteja na rua, que chegue até as pessoas”, defende o professor de Artes do Sesc Casa Amarela, Breno Fittipaldi.

É com esse espírito que o grupo traz para o Pátio do Carmo, no bairro de Santo Antônio, o espetáculo “Caliban – A Tempestade de Augusto Boal”, na terça-feira (21/11), às 16h. A encenação é uma adaptação feita pelo diretor carioca Augusto Boal da peça “A Tempestade”, de Shakespeare, em que a trama idealizada pelo dramaturgo inglês é contada a partir do pensamento do poeta cubano Retamar, relacionando o clássico com a colonização da América Latina e a influência norte-americana sobre a região.

Já na quarta-feira (22/11), a partir das 19h30, a Tribo de Atuadores estará no Teatro Capiba, no Sesc Casa Amarela, com o espetáculo “Evocando os mortos – Poéticas da experiência”. Chamado de “desmontagem”, o solo é encenado pela atriz Tânia Farias, que percorre o caminho na criação de diferentes personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. Com essa premissa, a peça discute questões de gênero, abordando a violência contra a mulher em variados aspectos.

Serviço:
Palco Giratório com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Caliban – A Tempestade de Augusto Boal | dia 21 de novembro, às 16h
Pátio do Carmo, s/n, Santo Antônio
Evocando os mortos – Poéticas da experiência | dia 22 de novembro, às 19h30
Teatro Capiba, Sesc Casa Amarela, Avenida Norte, Mangabeira
Entrada gratuita
Informações: (81) 3267-4400        

Informações à Imprensa

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