Um olhar dançado sobre a obra de Hermilo Borba Filho em temporada no Teatro Arraial

Continua em cartaz no Teatro Arraial o espetáculo Sobre um Paroquiano, um olhar dançado sobre a obra “Um Paroquiano Inevitável”, de Hermilo Borba Filho, com apresentação nesta quinta (17), às 20h.  A montagem poderá ser vista até o dia 7 de junho, sempre nas quintas, ao preço único de R$ 10. Antes de cada encenação, há um debate com um convidado para falar sobre o processo de criação em teatro e dança e a obra de Hermilo através do projeto “Conversa com Café”, que começa sempre às 19h30.

A aproximação da Compassos Cia de Danças com a obra de Hermilo Borba Filho se fortaleceu há cinco anos. Foi em 2007 que o espetáculo estreou, ainda chamado de “Um Paroquiano Inevitável”, ganhou vida, refez passos, agregou novos artistas e agora renasce em um novo percurso. No elenco estão Patrícia Costa, Gervásio Braz, Priscilla Figueiroa, Fábio Costa Adriana Ayub e Marcela Felipe, além da presença de Ana Carolina na sonoplastia, interagindo com os elementos da cena.

Os bailarinos/atores dançam/interpretam os conflitos entre os membros de uma casa marcada por desentendimentos. Uma família, seus compassos e descompassos diante do absurdo da existência. A poesia Agreste e sublime entranhada na convivência entre Mãe, Pai e os filhos Poeta, Atleta e Noivo. E a Noiva. E o misterioso Enéas. Em três almoços, um espetáculo nasce, uma vida se espelha, com seus desatinos e encontros. A preparação e conscientização técnica do elenco estão sob a responsabilidade de Carlos Ferreira (voz e movimento), Luiz Roberto (clássico),  Fábio Costa (capoeira) e Raimundo Branco (Dança). A concepção e confecção de figurinos são assinadas por Júlia Fontes e Suzi Queiroz, que fizeram um resgate das roupas entre as décadas de 30 e 60, do século passado.

A iluminação, concebida por Eron Villar, traz para a cena a proposta de envelhecer o local, através da sobreposição de cores, como amarelo e verde e, em determinados momentos, é fundamental o jogo criado entre luz e sombras. A trilha sonora é composta em sua maioria por composições utilizadas no cinema e foi selecionada por Raimundo Branco, que também assina a cenografia. Aliás, o cenário está ligado ativamente à escrita e aos desenhos dançados. Em particular a mesa ao redor da qual acontece o desenrolar das relações tem papel fundamental na obra reescrita.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Paixão Segundo José Francisco Filho estreia nesta quarta-feira 27 no centro do Recife

Ivonete Melo

Última semana para conferir exposição que homenageia o Galo da Madrugada no Paço do Frevo