Circo: Hosani Gomes

Hosani Gomes. Foto: Gianfrancesco Mello

Por Gianfrancesco Mello

“A princípio, as possibilidades me chamaram atenção. Isso porque ao assistirmos às apresentações circenses, ficamos encantados com a desenvoltura das pessoas. Quando somos crianças, não queremos ficar apenas como espectadores, queremos fazer as ações também. Quando eu estava com 10 ou 11 anos e comecei a fazer circo no Cecosne, que ficava na Madalena, o que me encantou não foi a técnica pela técnica, mas sim a maneira como o circo agrega valores humanitários às pessoas.” Foi dessa maneira que a coordenadora técnica da Escola Pernambucana de Circo, Hosani Gomes, frisou o seu sentimento pelo circo. Ela, que não veio de família circense e é especialista em equilíbrio e malabares, resolveu fazer parte da magia do circo por iniciativa própria.

“O circo nos dá várias oportunidades. Por exemplo: podemos descobrir que os nossos limites físicos ou mentais só existem quando eu me disponho a fazer mais e melhor. Não é porque uma pessoa faz malabares com três bolinhas que eu não posso fazer com cinco, seis ou dez. Se eu tenho possibilidades, basta acreditar que irei conseguir”, completa Hosani.


Ela explica que o circo é uma superação constante, pois é preciso confiar no próximo em todos os momentos, seja pelo risco das acrobacias e movimentos ou pela avaliação necessária do trabalho dos artistas. “É importante saber ouvir as críticas e melhorar o desempenho. Isso nos ajuda ainda com relação aos nossos problemas cotidianos, porque conquistamos uma autoconfiança que carregaremos para o resto de nossas vidas”, pontua. 

Foto: EPC/Divulgação
História – Hosani Gomes depois de um tempo no Cecosne, onde aprendeu algumas técnicas circenses e foi fazer intercâmbio em países como o Chile e a Itália, participou por alguns anos do Arricirco como artista. No entanto, o seu estreitamento com o circo aconteceu quando ela recebeu o convite para fazer parte da Escola Pernambucana de Circo (EPC) há 10 anos. “Vim para cá como educadora. Na época, convidaram-me para substituir um educador, tive bom desempenho e estou por aqui até hoje. Com o tempo, passei a ser assessora pedagógica, pois me formei em Pedagogia. Atualmente, sou coordenadora técnica da EPC, coordenadora pedagógica do curso noturno e assessora técnica da Trupe Circus, além de supervisionar as aulas com as crianças no período da tarde.”

Cursos da Escola Pernambucana de Circo (EPC) – No período da manhã, das 8h30 às 12h, a EPC fica à disposição da Trupe Circus, que é o carro-chefe da escola por se tratar de um grupo artístico. À tarde, de segunda a quinta-feira, das 14h às 17h, ocorre o atendimento a crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. À noite, das 19h às 21h30, nas terças, quartas e quintas-feiras, há o curso para jovens e adultos. Nas sextas-feiras, a escola realiza uma espécie de formação exclusiva para os educadores.

De acordo com Hosani Gomes, não há mais vagas para este ano, exceto para o curso da tarde, que é voltado para crianças e adolescentes, e é gratuito. “Os interessados podem ligar para o telefone (81) 3266-0050 ou ir pessoalmente, das 8h às 18h, na EPC. Para isso, basta levar: 2 fotos 3x4, registro de nascimento, comprovante de residência e de estudante, além de estar acompanhada de algum maior de idade para assinar a matrícula. É importante frisar que muitas vezes o circo pode passar a sensação de ser uma arte contínua de famílias circenses, mas, na verdade, é uma arte para qualquer pessoa. Por isso, ensinamos crianças, adolescentes e jovens, a fim de proliferar a arte.”

Calendário
O espetáculo Ilusão, da Trupe Circus, será apresentado no dia 5 de maio no Ceará, e em junho, na Bahia.

Serviço:
Escola Pernambucana de Circo (EPC)
Avenida José Américo de Almeida, nº 5, Macaxeira, Recife
Informações: (81) 3266-0050

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Exposição na Galeria Massangana conta a atuação do Ministério Público contra o racismo em diálogo com obras de jovens artistas

“Chupingole! As aventuras de um mangueboy’, uma comédia em cartaz no Teatro André Filho

Espetáculo “DOA, VOA!” estreia com apresentações gratuitas no Recife